20/04/2011

É que hoje perdi um amigo especial!

Há quem prefira viver na ignorância e não saber das coisas, para não ter que as sentir, viver, esquecer e superar. De facto até podem ser mais felizes nessa ignorância, mas também a vida acaba por passar-lhes ao lado e viver uma mentira.
Mas o meu grande erro foi pior. Foi saber e fingir que vivia na ignorância. Passar a vergonha e saber que estamos a passa-la. Fingi este tempo todo, mas até tinha um bom motivo para o fazer. Fingi que era ignorante, que vivia no mundo da lua.
Hoje estou triste, porque perdi um amigo especial. Mas não havia outro jeito. A traição não se perdoa... Muito menos vinda de um amigo!
Hoje perdi um amigo especial e do qual gostava muito! Mas tenho a certeza de que ganhei muito mais do que perdi. Porque a dignidade e o respeito não se encontram, ou se tem, ou não se tem. E eu sei que tenho.
A confiança é uma redoma de fino vidro que quando se parte, dificilmente consegue-se voltar a colar.E tu partiste esse vidro e agora não podemos andar a caminhar sobre os cacos partidos.
Gosto muito de ti, mas não confio em ti... É pena!
Os barcos são seguros quando estão no porto parados, mas não é para isso que foram feitos os barcos...

07/04/2011

A minha cidade é uma aldeia!

"Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer porque eu sou do tamanho do que vejo, e não do tamanho da minha altura... Nas cidades a vida é mais pequena que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, ..”

Então a minha cidade é uma Aldeia, porque tem o horizonte mais lindo que eu já alguma vez vi.
Porque como eu dizia à minha velha amiga Catarina (Beato), a lua é sempre mais bonita, quando é vista do Miradouro. Aquele miradouro, o nosso. Aquele a que chamamos miradouro do Castelo (de Almada), um lugar abençoado e de certa forma estratégico na conquista de Lisboa!
É sempre tão bom voltar... Lembrar os bailaricos de S. João, as risadas, as beatas fumadas às escondidas na famosa árvore centenária, tão emblemática deste jardim. Tão nosso, tão meu...
Aquela árvore que se falasse, teria com toda a certeza muitas estórias para contar... :)